terça-feira, 31 de maio de 2011

Maio

"E vos escrevo, vigiando a paisagem pelas janelas abertas, pois não sei se ficará muito tempo assim à minha espera. E tenho remorsos de ir ao cinema e teatro, pois é um privilégio assistir a tais espetáculos em maio, mas uma tristeza perder um minuto que seja de maio, do lado de fora deles.
E é mister reunir os amigos e amar mais do que nunca os bem-amados e agradecer - ah, não vos esqueçais - aos vossos deuses, não importa quais sejam, o breve, o precário, o maravilhoso privilégio de estardes vivos e sãos e alegres, em maio."

Elsie Lessa, A Dama da Noite, pág. 164

Maio sempre foi meu mês preferido, não só porque é o mês do meu aniversário, mas porque em algum momento da minha vida eu o associei com flores, biscoitos e tempo bom. Não me lembro do motivo de nenhuma dessas associações, mas elas existem e sempre me deixam com um sorriso alegre no dia do trabalho.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia da Toalha

"O Dia da Toalha é celebrado no dia 25 de Maio como uma homenagem dos fãs ao autor da série O Guia do Mochileiro das Galáxias, Douglas Adams.
A saga de cinco livros conta a história de Arthur Dent e seus amigos em aventuras pela galáxia e pelo tempo. Um detalhe importante da história é a importância da toalha para os "viajantes da galáxia", a qual seria útil para as mais variadas e inimagináveis situações.
Primeiramente, quando do falecimento de Douglas Adams, fãs do autor queriam encontrar uma forma de homenagear uma pessoa que tinha feito o mundo rir, então precisavam de um tema engraçado para sua homenagem. Como sua mais conhecida obra é O Guia do Mochileiro das Galáxias, e como no livro o autor dedicou um página inteira sobre a toalha e sua importância para os mochileiros das galáxias, decidiu-se então pelo uso da toalha como tema da homenagem.
O dia 25 de Maio de 2001 foi o dia em que foi feita a primeira homenagem. Depois discutiu-se sobre a possibilidade de alterar o dia para 42 dias após a data de falecimento, devido a outro detalhe da saga, que afirma que a resposta para questão fundamental da vida, o universo e tudo mais seria 42. De todo modo, acabou continuando a data da primeira comemoração, 25 de Maio. A data é lembrada pelos fãs que carregam uma toalha durante o dia inteiro com eles. Alguns usam como uma capa, outros como um turbante, enfim cada um usa a toalha como deseja, desde que esteja consigo a toalha."

Fonte: Wikipedia

Feliz Dia da Toalha para todos!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Before Sunrise (Antes do Amanhecer)


Diretor: Richard Linklater
Escritores: Richard Linklater e Kim Krizan

Em 2009, um dos filmes mais comentados entre alguns amigos era Waking Life. Algumas poucas  pessoas o elogiavam avidamente enquanto a maioria fazia o contrário; portanto pensei: "se poucas pessoas gostam, a probabilidade de eu gostar é maior". Eu penso assim, de verdade.
Dito e feito, me apaixonei pelo filme, pelo processo de rotoscopia, pela trilha sonora...e pela parte mais importante: os diálogos.
Procurei ler sobre o diretor e achei essa frase na Wikipedia:
Fiquei com vontade de ver o filme, até porque já "conhecia" os personagens e havia gostado muito do estilo do Richard Linklater (assisti O Homem Duplo logo em seguida, que também é do diretor, e adorei). Porém, o tempo passou e eu esqueci do assunto.
Dois anos depois, tive uma surpresa extremamente agradável quando minha amiga Nicole (fornecedora oficial de filmes para o pessoal!) me emprestou esse filme dizendo que "eu iria amar, era minha cara".
O filme, de 1995, fala sobre dois jovens que se conhecem em uma viagem de trem. Celine (Julie Delpy) é uma francesa que está voltando de uma viagem e Jesse (Ethan Hawke) é um americano que está passeando pela Europa; eles se identificam e resolvem descer do trem em Viena e passar um dia na cidade, até ela precisar voltar para a França e ele pegar um avião e voltar para os Estados Unidos.
O filme gira em torno das conversas do casal, sediadas nos ambientes maravilhosos e inusitados de Viena. Ambos tendo consciência de que aquele era seu único dia juntos, resolvem torná-lo especial de uma maneira não-melosa, mas ao mesmo tempo muito romântica.
No decorrer dos 105 minutos, a pessoa passa a torcer pelo casal, sempre com aquela sensação triste de saber que o amanhecer trará o fim do relacionamento.

É um filme para quem gosta de diálogos e está cansado de romances melosos.



Jesse: Alright, I have an admittedly insane idea, but if I don't ask you this it's just, uh, you know, it's gonna haunt me the rest of my life
Celine: What?
Jesse: Um... I want to keep talking to you, y'know. I have no idea what your situation is, but, uh, but I feel like we have some kind of, uh, connection. Right?
Celine: Yeah, me too.
Jesse: Yeah, right, well, great. So listen, so here's the deal. This is what we should do. You should get off the train with me here in Vienna, and come check out the capital.
Celine: What?
Jesse: Come on. It'll be fun. Come on.
Celine: What would we do?
Jesse: Umm, I don't know. All I know is I have to catch an Austrian Airlines flight tomorrow morning at 9:30 and I don't really have enough money for a hotel, so I was just going to walk around, and it would be a lot more fun if you came with me. And if I turn out to be some kind of psycho, you know, you just get on the next train.
Jesse: Alright, alright. Think of it like this: jump ahead, ten, twenty years, okay, and you're married. Only your marriage doesn't have that same energy that it used to have, y'know. You start to blame your husband. You start to think about all those guys you've met in your life and what might have happened if you'd picked up with one of them, right? Well, I'm one of those guys. That's me y'know, so think of this as time travel, from then, to now, to find out what you're missing out on. See, what this really could be is a gigantic favor to both you and your future husband to find out that you're not missing out on anything. I'm just as big a loser as he is, totally unmotivated, totally boring, and, uh, you made the right choice, and you're really happy.
Celine: Let me get my bag.

sábado, 21 de maio de 2011

Sobre ter 19 anos (e algumas outras coisas)

Os hobbits eram grandes quando eu tinha 19 anos (um número
de alguma importância nas histórias que você vai ler).
Havia provavelmente meia dúzia de Merrys e Pippins
marchando pelo barro da fazenda de Max Yasgur durante o
Grande Festival de Música de Woodstock, o dobro disso em
número de Frodos, e Gandalfs hippies sem conta. O Senhor dos
Anéis, de J. R. R. Tolkien, era tremendamente popular naquele
tempo e, embora eu nunca tenha passado por Woodstock (certo,
é uma pena), acho que fui no mínimo um meio-hippie. O
suficiente, sem dúvida, para ter lido a coleção e me apaixonar por
ela. Os livros da Torre Negra, como a maioria dos romances
fantásticos escritos pelos homens e mulheres da minha geração
{As Crônicas de Thomas Covenant, de Stephen Donaldson, e A
Espada de Shannara, de Terry Brooks, são apenas dois dentre
muitos), tiveram suas raízes nos de Tolkien.
Mas, embora eu tenha lido a coleção em 1966 e 1967,
demorei a escrever. Reagi (e com um fervor algo tocante) ao
ímpeto da imaginação de Tolkien — à ambição de sua história —
, mas queria escrever uma história ao meu jeito e, se tivesse
começado naquela época, teria escrito no dele. Isso, como a
falecida Velha Raposa Nixon gostava de dizer, não seria direito.
Graças ao senhor Tolkien, o século XX teve todos os duendes e
magos de que precisava.
Em 1967, eu não fazia a menor idéia do tipo de história
que poderia escrever, mas não importava; confiava que ia
reconhecê-la quando ela cruzasse comigo na rua. Tinha 19 anos e
arrogância. Sem dúvida arrogância suficiente para achar que
podia cozinhar um pouco minha inspiração e minha obra-prima
(como tinha certeza que haveria de ser). Acredito que aos 19 a
pessoa tem o direito de ser arrogante; geralmente o tempo ainda
não começou suas furtivas e infames subtrações. Ele nos leva os
cabelos e o poder de explosão, como diz uma conhecida canção
country, mas no fundo leva muito mais. Eu não sabia disso em
1966 e 1967, e, se soubesse, não teria me importado. Podia
imaginar — vagamente — ter 40 anos, mas 50? Não. Sessenta?
Nunca! Sessenta estava fora de cogitação. E aos 19 é assim que
deve ser. Dezenove é a idade em que você diz: Cuidado, mundo,
estou fumando TNT e bebendo dinamite, por isso, se você sabe o que é
bom pra você, saia do meu caminho... aí vai o Stevie.
Os 19 são uma idade egoísta, que restringe severamente
as preocupações da pessoa. Eu tinha muita coisa na minha
frente e era o que me importava. Tinha muita ambição e era o
que me importava. Tinha uma máquina de escrever que
carregava de uma porra de apartamento pra outra, sempre com
alguma coisa para fumar no bolso e um sorriso na cara. Os
compromissos da meia-idade estavam longe, os ultrajes da
idade avançada, além do horizonte. Como o protagonista
daquela música de Bob Seger, que agora eles usam para
vender caminhões, eu me sentia infinitamente poderoso e
infinitamente otimista; meu bolso estava vazio, mas a cabeça
estava cheia de coisas que eu queria dizer e o coração cheio das
histórias que queria contar. Parece sentimentalóide agora;
soava maravilhoso então. Soava muito tranquilo. Mais que tudo,
eu queria penetrar nas defesas dos meus leitores, queria
rompê-las, capturá-las e trocá-las, para o resto da vida, por
nada mais que histórias. E sentia que podia fazer essas coisas.
Sentia que tinha sido feito para fazer essas coisas.
Até que ponto isto parece pretensioso? Muito ou pouco? De um
modo ou de outro, não peço desculpas. Eu tinha 19 anos. Não
havia um único fio grisalho na minha barba. Eu tinha três calças
jeans, um par de botas, a idéia de que o mundo era minha ostra,
e nada do que aconteceu nos 20 anos seguintes provou que eu
estava errado. Então, por volta dos 39 anos, os problemas começaram:
bebida, drogas, um acidente de carro que mudou meu modo de andar
(entre outras coisas). Já escrevi longamente sobre o assunto e não
preciso voltar a ele aqui. Além disso, para você tanto faz, certo? O
mundo acaba sempre lhe enviando a bosta de um Patrulheiro para
retardar seu avanço e mostrar quem está no comando. Você que está
lendo isto sem a menor dúvida já encontrou (ou vai encontrar) o seu; eu
encontrei o meu e tenho certeza de que ele voltará. Ele tem o meu
endereço. É um cara mesquinho, um Mau Elemento, o inimigo jurado
da piração, da putaria, do orgulho, da ambição, da música alta e de
todas as coisas dos 19 anos.
Mas ainda acho que essa é uma idade muito boa. Talvez a melhor
idade. Você pode rolar no rock a noite toda, mas, quando a música
cessa e a cerveja chega no fim, você consegue pensar. E sonhar sonhos
grandes. O Patrulheiro mesquinho acaba mais cedo ou mais tarde podando
você e, se você já começou pequeno, pois é, quando ele acaba,
não sobra quase nada além da bainha do seu corpo. Arranje outro!, ele
grita e sai marchando com o bloquinho de multa na mão. Por isso um
pouco de arrogância (ou mesmo um monte) não é tão ruim, mesmo
que sua mãe, é claro, tenha dito outra coisa. A minha disse. O orgulho
vai embora depois da queda, Stephen, disse ela... e eu constatei — bem na
idade certa, isto é, 1 9 X 2 — que você acaba mesmo caindo. Ou que é
empurrado para a vala. Aos 19, podem mandar você parar no acostamento,
sair da porra do carro, levar sua dolorida queixa (e sua bunda
ainda mais dolorida) para o meio da estrada, mas não podem apreendêlo
quando você senta para pintar um quadro, escrever um poema ou
contar uma história, pelo amor de Deus, e se por acaso você, que está
lendo isto, é ainda muito novo, não deixe os mais velhos e supostamente
mais vividos lhe dizerem nada diferente. Certo, você nunca esteve
em Paris. Não, você nunca correu com os touros em Pamplona.
Claro, você é um moleque que três anos atrás ainda não tinha cabelo
debaixo do braço... mas e daí? Se você não começa grande demais para
sua calça, como vai caber dentro dela quando crescer? Deixe que ela
rasgue, não importa o que os outros digam, esse é o meu ponto de
vista; sente-se e fume a calça.

Stephen King 25 de
janeiro de 2003

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tired, tired, tired.
O fim de semana passou, e eu não descansei absolutamente nada. Vida de vestibulando de medicina não é fácil, e é ótimo escutar as pessoas reclamando do quanto você está sumida. Mas, mal humor à parte, vou postar mais fotos, visto que eu continuo sem ideias para posts e não quero deixar o blog abandonado.
 Chocolate ótimo, achei tão lindo, parecido com aqueles doces que o Willy Wonca come em um trecho de A Fantástica Fábrica de Chocolate, quando ele era criança e usava aquele aparelho gigante.
 Novos filmes 120mm para a Holga! Fiquei um tanto revoltada esse fim de semana, aqui na minha cidade não existe lugar que amplie o negativo do filme 120, estou louca atrás de técnicas para digitalizar, mas até agora, nada. Ô cidade difícil.
Até que estava chovendo bastante por aqui, mas deu uma parada nos últimos dias. (Adoro fazer isso, tirar foto da chuva com o flash.) 


E foto especial para a Nanda, que disse que lê meu blog pra saber se eu to viva. Estou viva sim, e morrendo de saudades, tá? x.x Te amo. (Novembro de 2007)

Até mais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pics

Como eu estou completamente sem ideias para posts, resolvi fazer mais um com algumas fotos aleatórias. Estou extremamente ocupada, me mudei essa semana, e apesar de todo o processo de carregar caixas e móveis ter durado poucos dias, acabei perdendo uma semana de estudos, portanto, aos livros novamente!

                                                                         Kisses de páscoa.

Decoração para o balcão do banheiro provinda de um jogo de chá antigo da minha mãe.

 Ao invés de vista para o mar, agora eu tenho vista para uma pracinha simpática. Mas o mar fica a duas ruas!
Adesivinhos lindos achados no fundo de uma prateleira numa dessas lojas de tranqueiras.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Surpresa!

Essa é a Thaís, dona do Red High Heels:

E essa foi a super festa surpresa que eu e mais alguns amigos fizemos para comemorar seu aniversário de dezenove anos. (Digo "super" porque a festa teve cinco convidados.)





(A maior parte das fotos são tão espontâneas que se tornam impróprias para a internet.)
Mesmo esse post sendo super atrasado (a festa foi em março), eu quis fazê-lo porque foi uma data importante e uma festa muito divertida, queria ter tirado mais fotos desse dia e dos outros "eventos" do mesmo mês (carnaval e aniversário de outra amiga), mas a partir de agora, com certeza vou fotografar todos os nossos encontros mais minunciosamente e postá-los aqui.
Espero que a Thai tenha gostado da surpresa, pois para nós foi muito divertido organizar, manter o sigilo, fazer as comidinhas etc.


Obs.: As comidas que ficaram sob minha responsabilidade foram um bolo e sanduíches de atum, ambos aprovados, qualquer dia eu posto as receitas!

Até mais.