quinta-feira, 28 de abril de 2011

Não-lugar

Sabe aquela sensação gostosa que a gente sente quando chega em algum lugar especial? Aquele calorzinho que cresce no peito, os olhos que se fecham para que o olfato funcione melhor, o sorriso espontâneo que escapa quando percebemos que "estamos em casa".
Gosto muito da diferença que existe entre as palavras "lar"e "casa" (não é tão óbvia quanto a diferença em inglês - "home" e "house"), acho sensata a existência de uma palavra para definir algo que pode ser apenas uma construção e diferenciá-la de algo que pode ser o lugar mais especial do mundo para alguém.
Mas e quando você descobre que seu lar é um não-lugar?

 "O que são não-lugares?
Augé (2005) define-os como sendo espaços de anonimato no quotidiano, espaços descaracterizados e impessoais, espaços a que não lhes são atribuídas quaisquer tipo de características pessoais.(...) “Os não-lugares são a medida da época; a medida quantificável e que se pode tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das auto-estradas e os habitáculos móveis ditos ‘meios de transporte’ (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, as grandes superfícies da distribuição”, (...) “a distinção entre lugares e não-lugares passa pela oposição do lugar ao espaço”. (...) “O não-lugar é o contrário da utopia: existe e não alberga sociedade orgânica alguma. E que de dia para dia, acolhe cada vez mais pessoas” (...) "

No meu caso, como cresci viajando entre o Mato Grosso e a Paraíba (quatro dias dentro de um carro), me sinto em casa quando "coloco o pé na estrada", quando vejo os prédios, casas e indústrias ficando para trás e dando lugar a árvores, morros, plantações e pastos. Sentir as rodas do carro passando sobre o asfalto me traz uma tranquilidade que nada mais no mundo consegue trazer. Olhar pela janela e não ver absolutamente ninguém me dá a impressão de pertencer ao mundo, impressão que nenhum outro lugar me causa.
Vez ou outra passo rapidamente por pessoas na beira da estrada, pedintes, viajantes, perdidos; olho para eles com mais carinho do que para os meus colegas, me sinto mais perto deles do que dos meus amigos.
Quando chega a noite, depois de horas examinando cada cenário, me apaixonando por todas as árvores e horizontes, a exaustão atinge, e não existe sono igual àquele que vem para descansar os olhos que viram e se encantaram tanto durante o dia.




                                           Fotos da última viagem para o Mato Grosso, em 2009.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Reaberta a temporada de estudos

  
O dia está bonito, o céu está azul, o vento está gostoso...enfim, tudo combinando para formar um dia agradável e que seria perfeito para uma boa caminhada na praia ou para fotografar a vizinhança.
   Porém, passou o feriado, e a única coisa que martela na cabeça é: não fiz o que devia. Não estudei metade do que havia planejado, e aposto que não fui a única dominada pelo "espírito brasileiro do amor aos feriados" (aka: preguiça).
   Portanto, é melhor parar de pensar na morte da bezerra, parar de jogar paciência no computador, parar de olhar a janela, parar de passear pelo tumblr, encher a caneca de café e mergulhar de vez nas obrigações.
   Química, aqui vou eu. Droga.

sábado, 23 de abril de 2011

A Fine Week


 Esmaltes legais, patê de atum, televisão com o namorado, conversar com as amigas, lagartixa bonitinha que deixou eu ficar bem perto pra tirar foto... :]

terça-feira, 19 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A primeira Holga...

...a pessoa nunca esquece.

Presente perfeito de aniversário de dois anos do namoro mais perfeito do mundo.

Prepare-se, Victor Hugo, para me aguentar por mais 100 anos.
Te amo demais. x]

sábado, 2 de abril de 2011

Bucolismo








Aldeia - Pernambuco, Brasil