quarta-feira, 30 de março de 2011

Passarinho.

Moro no décimo terceiro andar de um prédio que fica em frente a um bonito pedaço de mata, por onde passa um riozinho que não cheira muito bem. Hoje, fiquei olhando para essa mata durante um bom tempo e vi um passarinho. Branco, com as asas pretas, daqueles passarinhos bem comuns. Observei-o durante uns bons cinco minutos, voando sem parar sobre as árvores verdes e bonitas, tão rápido que fugia do meu olhar, diminuia a velocidade, subia um pouco, descia mais um tanto, pensei em como seria sentir o vento passando por mim daquele jeito, escutando meus filhotes em um ninho, chorando por comida, tudo isso envolvidos por uma floresta gostosa. O passarinho voou, e eu me senti tão feliz pela sua vida, senti que aquele pássaro era realmente grato por poder viver nesse pedacinho de natureza no meio da cidade, na frente do meu prédio. E o passarinho voou, voou, voou, e pousou na caixa do ar-condicionado do meu vizinho, onde tinha um ninho feito com restos de papel e bitucas de cigarro.

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